13/07/09

cada vez mais, a existência de um "eu" virtual soa-me estranha. não consigo entender qual a utilidade do facebook ou do hi5, não percebo de todo o objectivo do twitter, concebo cada vez menos a ideia de me expor num blog. como 99% da população com idade compreendida entre os 12 e os 30 anos, já tive contas num rol de sítios electrónicos; contudo, ganhei-lhes recentemente uma aversão similar àquela que aparece em mim quando cheiro ou sinto o sabor de pimentos.
não me lembro da última vez que usei o messenger, cancelei a conta nos sites que "ajudam a fazer amigos", perdi a vontade de escrever no blog e deixei de ter curiosidade em ver no lastfm qual a banda que mais ouvi durante a semana. as minhas fotografias são mais para mim do que para o deviantart e eu sou mais eu ao vivo.
a virtualidade cansou-me talvez por soar tanto a uma realidade alternativa. "na rua sou x, na net sou y" soa-me quase estúpido e a ideia de exibir o que oiço, os filmes que gosto ou os amigos que tenho soa-me quase a campanha publicitária destinada a gerar um culto bizarro de personalidade. deu-se em mim um ódio fidagal ao universo electrónico e uma necessidade cada vez maior de voltar ao passado comunicacional; quero cartas e postais em vez de "comments", quero encontros no café em vez de tertúlias em chat's, quero canetas e um moleskine em vez de teclas e um blog, quero um desconhecido para conhecer sem que este tenha a possibilidade de saber mais sobre mim do que a minha própria mãe por já ter visitado um profile meu algures.
por mim, voltávamos ao telégrafo. e é por essa razão (e talvez por outras tantas) que abandono este blog. talvez cá volte quando um dia me apaixonar de novo pelo mundo virtual ou quando perder a crença numa realidade bonita. até lá, vou-me dedicar assumidamente a ser apenas eu com dois braços, duas pernas, uma cabeça e um tronco - sem qualquer muleta cibernáutica.


deixo um agradecimento a todos os que perderam mais de 2 segundos a ler o que escrevi, aos que deixaram uma palavra simpática ou até menos simpática e aos amigos de sempre. obrigada.

12/07/09

passei por aqui quase à velocidade da luz para deixar mais um anúncio com força de gigante:

02/07/09

continuando na onda dos bons anúncios (e agora que os exames já acabaram e falar de publicidade já não é associado a estudo e noites mal dormidas), fica aqui outro, onde as imagens gritam tudo aquilo que precisa de ser dito: