04/02/09

neste emaranhado de sofá, cobertores e séries em que me encontro consigo atingir o conforto. é como se criasse um escudo contra o exterior e a vida real. e a verdade é crua, mas estou ciente dela: sabe-me bem não estar na vida real. não ter que me vestir, maquilhar, calçar. não ter que andar de metro nem de olhar franzido na rua por causa desta luminosidade irritante que vem do céu. não ter que fazer conversa de elevador nem fingir que sim, que estou interessada, atenta, concentrada, divertida, feliz.
estou no meu casulo, a ser o bicho social que tão bem sei ser.
e sabe-me genuinamente bem, não por não gostar do mundo lá fora, mas por, por agora, gostar mais do mundo cá dentro. de casa. até de mim.

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