Para termos a noção do pouco que valemos, basta subtrair ao que somos o que aprendemos, o que lemos, o que vivemos com os outros. É só ver o que fica. Coisa pouca. Sozinho quase ninguém é quase nada. É somente juntos que podemos ser alguma coisa. A verdade é que devemos tudo a quem já deu, já morreu, já disse, já escreveu. E a nossa felicidade devêmo-la, não a nós próprios, mas a quem vive ou viveu ao pé de nós. Será isso o que custa tanto a aceitar.
miguel esteves cardoso, in "último volume"
a mim a aceitação não custa. pelo contrário, tenho plena consciência de que sou as pessoas que tenho, as músicas que oiço, os livros que leio, os filmes que vejo, os países que conheço, os cheiros que respiro, as ideias que me oferecem. sem isso, nem seria eu. seria... não seria eu, pronto.
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